quarta-feira, novembro 13, 2013

89, hoje


Hoje era dia de camarão cozido com maionese, arroz de marisco e carne assada no forno com batata frita. Havia bolo de bolacha, gelatina e o teu bolo de anos encomendado na pastelaria do costume. Hoje era dia do brinde com anis. Hoje era o teu dia! Um brinde a ti avó, que se houver céu não estás aí só! (saudade)

quarta-feira, outubro 16, 2013

o-dia-a-dia

O 2º ano na escola está a correr lindamente. No ano passado tinhamos choradeira todos os dias para ir para a escola, este ano não. Este ano vai lindamente, e se por birncadeira lhe dissermos que no dia seguinte não pode ir à escola, diz que não, que vai na mesma.

O P. ainda mama...e como ele gosta. Acho que já é um vício. Mas enquanto for prazeroso para ambos, vamos continuar a mamar.

Em casa, as coisas estão a acalmar. O D. começou a aceitar melhor a ideia de ter um irmão. Brincam juntos, sem gritos e choros. O P. tenta imitar o D. em tudo e muitas vezes acaba por se magoar porque, enfim é bem mais pequeno que o irmão. Todas as noites depois de lavarmos os dentes, o D. quer ir para o quarto do P. para ler a história.

É tão bom ver os meus filhos a começarem a ter "aquela cumplicidade de irmãos"

[um dia destes, não os ouvia há algum tempo de decidi ir investigar. Estavam fechados na despensa, de pacote de leite com chocolate não mão (cada um com o seu), o D. com a palhinha a beber, o P. como ainda não consegue abrir com a palhinha, furou o pacote com os dentes e vá de "xuxar". Posso dizer que o P. estava coberto de leite com chocolate... mas quando os apanhei, desataram a rir, com ar cumplice..  ]


quarta-feira, setembro 11, 2013

Outro post muito atrasado - O D. já fez 4 anos

Meu Deus, será possível?
quatro, q-u-a-t-r-o anos.
Meu querido menino "grande", guardo na memoria e no coração a forma tranquila com que vieste ao mundo. Um parto sem dor, sem gritos, sem epidual, sem pontos, muito rápido (nunca na vida imaginei que tal coisa fosse possível)
Sabes, meu amor, não chorei quando te vi. Em vez disso fiquei com um sorriso do tamanho do mundo que não me saia da cara por nada. Eras tão pequenino, os teus olhos rasgados, os dedos compridos e o teu cabelinho tão penteadinho. Tão bonito. Lembro-me de, já na efermaria com mais 6 mamãs e seu bebés, olhar para todos e pensar para mim "O meu filho é o mais bonito de todos" (sim, olhos de mãe são olhos de mãe)
Passei muito tempo da tua existência (ainda pequena) aparvalhada com a tua beleza. Como podia eu ter gerado uma criatura ser assim...

Queres ser crescido, queres ser autónomo, mas por vezes ainda pedes ajuda para coisas mais básicas só porque te sabe melhor assim. Ainda não aprendeste a lidar com o mano, ainda há muitos ciúmes, mas estás a melhorar e já consegues brincar com ele.
A tua tia P. diz que és a criança mas responsável que conhece (isto porque te levou à praia mas esqueceu-se do protector solar e tu, como te viste sem creme, meteste-te debaixo do chapeú de sol e só saíste quando eu cheguei com o creme.)
O teu amor pelo avô Z.M. é um amor-paixão. E o amor dele por ti é igual.

Continuas uma criança calma, dorminhoca e muito teimosa.

És o meu menino grande, mas serás sempre o meu bebé.

Amo-te muito meu menino grande

terça-feira, setembro 10, 2013

Falta-me a coragem para falar disto.(Post tão atrasado...)

Estavas tão bem, quer dizer, desde novembro que estavas mais fraca, mas caramba, tinhas 88 anos. Com essa idade, ter a tua cabeça e a tua genica, é um luxo, um verdadeiro luxo.

Naquele domingo, a ultima vez que estiveste em casa, a minha mãe ligou.me, disse que estavas a vomitar sangue. O meu coração ficou tão apertadinho... quando a minha avó R. vomitou sangue, foi no dia antes de morrer... as memórias, as memórias. Seguiste para o hospital. Em novembro, quando lá estiveste eu liguei ao tio e disse para não te deixarem lá, (afinal eu tenho 35 anos e nunca te tinha visto no hospital) não queria, porque se aproximava o fds e já sabemos que ao fds é quando morrem mais pessoas no hospital. Tive medo. Mas mesmo com o meu pedido, tu ficaste no hospital e melhoraste. Estavas fina! Afinal tinhas falta de potássio no sangue. A idade não perdoa e o teu corpo começou a produzi-lo menos do que devia. Uma semana lá e ficaste boa! Vieste para casa, mas já não conseguias fazer o que estavas habituda, e isso deu-te cabo nos nervos.... não conseguir fazer o almoço e o jantar, não conseguir passar a ferro, não controlar as depesas da casa, tudo isto deu-te volta à cabeça. Mas cá andavas.
Em Maio, no primeiro aniversário do P., só me perguntavas "O que é que precisas que eu faça", "não preciso de nada" dizia eu, mas tu querias e lá fizeste as gelatinas e o bolo de bolacha que é uma especialidade tua. Aos 88 anos ainda fazias isto tudo.
Mas naquela semana em que foste internada tudo mudou...quando finalmente saiste do SO para a enfemaria, pensavamos que estavas novamente fora de "perigo", mas não. Não falavas. Como não falavas? se tu eras uma faladora nata e com graça em tudo o que dizias.
Eu confesso, apesar de teres 88 anos eu não estava preparada para te ver assim. Foi duro.
Foi uma semana muito dura, na semana em que comemoro o dia mais feliz na minha vida, o nascimento do D., o teu primeiro bisneto, tu estavas assim.
Fui todos os dias daquela semana ao hospital, (até na sexta-feira, quando já não estavas na enfermaria, mas na morgue) e todos esses dias ao depedir-me com um beijo na testa te dizia ao ouvido "gosto muito de ti".
O D. fez quatro anos, e teve uma festinha na escola. Não havia espirito para mais, afinal tu não estavas lá em casa para comemorar connosco.
E no dia imediatamente a seguir ao aniversário do D., o telefone tocou e tinha o teu nome escrito. tremi, meu Deus o que eu tremi. Eu sabia que não podias ser tu do outro lado. (Nunca mais vais ser tu do outro lado)
E não eras... era o hospital que queria falar connosco.
E pronto, desde este tefonema até te estar a ver deitada numa maca na morgue foi um instante. Estavas quente, como se estivesses viva, serena, e eu que pensava que os mortos estavam sempre gelados.

Despedi-me de ti, mas desta vez sussurei-te ao ouvido "avó, faz uma boa viagem e vai devagarinho" e esta frase não me sai da cabeça. Será que fiz bem em perdir-te para ires devagarinho? Eu nem sei porque te pedi isso, tu andavas sempre devagarinho e com bengala, talvez por isso...
Querida avó, esqueçe a parte do devagarinho, mas faz uma boa viagem e lá em cima, espero que juntes à minha outra avó que também amo tanto e que tantas saudades tenho, e que as duas iluminem o nosso caminho. Que sejam os nossos anjos da guarda.

Um beijo daqui até aí querida avó!

sexta-feira, junho 07, 2013

...

A minha vida está rodeada do "bicho" que mata.
Os meus bisavós, pais do meu avô paterno, ambos morreram com o "bicho". O meu avó paterno também teve o "bicho", felizmente venceu-o. A minha avó paterna, não conseguiu vencer o "bicho".
A irmã da minha avó materna teve cancro na mama (este é dos que mais me assusta), felizmente venceu-o. A minha própria mãe, teve cancro da tiroide e felizmente também o venceu.
Isto tudo para dizer que eu tenho uma certeza, ou melhor uma desconfiança... tendo em conta que em muitos casos este bicho é herditário, as minhas probabilidades de o vir a conhecer na pele são elevadissimas. E pronto, é um facto e encaro-o com alguma normalidade, talvez por tambem olhar para a minha familia e ver que mesmo com o bicho, na generalidade quando alguém desaparece, desaparece já com muita idade. Penso muitas vezes, se ele me aparecer, vai aparecer quando for velhinha...

A minha naturalidade nos pensamentos pára, quando penso que se eu "herdei" este bicho, o meu pai também herdou e a minha irmã e os meu filhos... e quando chega aos filhos, eu juro que sinto o meu coração parar mesmo...Ver (ou ler) os acontecimentos dos últimos dias, fez-me pensar mais no assunto. Custa muito ver um pai ou uma mãe partir (felizmente não sei o que isso é), mas é a lei natural da vida, mas ver um filho partir.... não, não é natural, nada, aliás é anti-natura. Estas situações nunca deviam acontecer.

Ver as notícas sobre o Rodrigo, os videos, as fotos, o facebook, deram-me um murro no estomago, como se de repente percebesse que não consigo proteger os meus filhos de tudo.(E infelizmente há muitos Rodrigos espalhados pelos hospitais) Mas não é esse o papel de uma mãe, proteger um filho? e como pode uma mãe proteger um filho deste bicho que mata? como?
Já ouvi alguém dizer, eu matava-me... mas como poderia fazer tal coisa? E os filhos que ficavam cá? Qual é o plano afinal? como se sobrevive a esta dor? Como se acorda no dia seguinte? E no outro? E como se lidam com as memorias, e as recordações? Meu Deus, como é que isto é possível?

Tenho muitos dias em que as birras e os gritos e o mau comportamento, dão-me volta à cabeça e me cegam, mas depois vejo estes casos e só peço que as birras e os gritos e os maus comportamentos continuem, porque é sinal que eles estam a crescer e a criar as suas próprias identidades e cheios de força e de saúde... saúde.

Ontem abracei os meus filhos com mais força e agradeci! Sou feliz, não há maior riqueza e felicidade que ver os filhos felizes e cheios de saúde.

Qual euro-milhões, qual quê, eu quero é saúde para os meus filhos, e para toda a minha familia. Isso sim é riqueza.

quarta-feira, junho 05, 2013

E aos 12 meses

Já anda sozinho!!!!
Ainda são pequenos trajectos, mas já os faz com velocidade e agilidade. Mas ainda têm algum medo e quando ele aparece, senta-se no chão e continua de gatas...

terça-feira, maio 28, 2013

Um ano de P. (post atrasadinho)

Nem sei por onde começar....
A tua gravidez, não foi vivida com a intensidade da gravidez do teu irmão, talvez por não ser a primeira, talvez por já existir o teu irmão que me preenchia a vida, não sei. Depois veio a amniocentese e o medo de te perder e o medo de algo não estar bem contigo.... tanto medo.
Quando pensava no teu nascimento, só me vinha à cabeça o teu irmão, como ele iria reagir, ira gostar, iria sentir ciumes, e eu? iria sentir o mesmo amor que sentia pelo teu irmão? como se poderia sentir aquele amor por outro ser, seria possível?

sim, era possível. E descobri isso no exacto momento em que te segurei nos meus braços, acabadinho de nascer, ainda muito sujinho e cheio de vontade e força para mamar. Tão diferente do teu irmão na postura, mas tão igual nas feições. (Dizem que não devemos comparar as crianças, mas é inevitável.)
Eram, 1h44m do dia 11 de Maio, quando descobri que o amor pelos filhos multiplica-se e não se divide. Contigo nos braços, senti o teu cheiro, conheci-te o rosto e passei a amar-te incondicionalmente, como se sempre tivesses existido. O amor que sentia pelo teu irmão tinha-se multiplicado. (E o medo de que algo aconteca a qualquer um de vocês também)

Desde esse dia que o meu amor por ti cresce. E tu dia-a-dia vais descobrindo o mundo e é tão bom ver-te a descobri-lo. És uma criança feliz, muito risonha (risonha até demais), bem disposta. Segues o mano sempre de sorriso nos lábios, embora ele ainda não saiba muito bem lidar contigo nem com os ciúmes que sente por ti.

Com um ano, ainda não dizes nada, ao contrario do teu irmão que com a mesma idade já falava muito (lá estou eu outra vez com as comparações), mas desenrascas-te muito bem a na locomoção, gatinhas há muito, consegues faze-lo só com uma mão e uma perna (coisa que aprendeste depois de aprender a gatinhar, mas que te dá mais agilidade para transportar os briquedos), estás quase quase a andar. Comes tudo o que te damos e estás sempre a pedir mais e mais, gostas de provar os alimentos, estás gordinho, mas também estás alto. Gostas de dançar, lol, metes-te em pé agarrado a alguma coisa e danças e ris e danças e ris. Não gostas de chucha, mas adoras a mama, aliás eu sou a tua chucha (com pernas). Sim aos 12 meses ainda mamas e não conheces outro leite senão o meu.

Só cá estás há um ano e eu já não sei o que é viver sem ti meu pequeno Grande amor. Espero que tenhas sempre muita saúde e sejas sempre muito, muito feliz.

Amo-te muito meu amor

quinta-feira, maio 09, 2013

Dia da espiga

lembro-me tanto de ti

Nas tardes do dia da espiga, fechavamos a porta da tua cozinha e lá iamos nós para o campo apanhar o ramo da espiga. Andavamos, passeavamos, conversavamos, mas iamos sempre as duas.

 E nos anos em que estava a estudar fora ou que estava a trabalhar e não te podia acompanhar, tu ias na mesma e apanhavas um ramo para mim. E quando ia a tua casa, lá estava o ramo para levar para a minha. 

"guarda-o durante o ano inteiro" 
E assim era. O ramo lá ficava o ano todo até tu me voltares a dar outro. 

 Tenho tantas saudades tuas.

(mais um post atrasado) Consulta dos 11 meses

11 Kg e 77 cm de gente!
Estamos "matulões" segundo o pediatra.

[Até nos mandou mudar de vitaminas, ele tomava o protovit, que continha todas as vitaminas num só frasco e agora vai passar a tomar apenas o vigantol. ]

segunda-feira, fevereiro 18, 2013

Consulta dos 9 meses

Consulta dos 9 meses:10,360Kg e 75.5 cm de gente.... estamos grandes... muito grandes...

(Bate palminhas, diz adeus e faz cucu)

quinta-feira, janeiro 31, 2013

Post atrasado

Consulta dos 8 meses: 9,720 Kg e 73 cm de gente e muito boa disposição apesar do sono. 

(ele é sempre assim, perguntava o drº... sim doutor está quase sempre a rir)

Na noite do temporal


o vento era tão forte que conseguiu abrir o portão que dá acesso à rua e as minhas cadelas fugiram. Procuramos por todo o lado, colocamos papeis, fomos a escolas, perguntamos a pessoas, falamos com os senhores do lixo que andam pela zona e conhecem-nas bem, Falamos com o Canil, como elas têm chip, se aparecerem por lá contactam-nos logo. Inscrevemo-las no site encontra-me.org, liquei para as base de dados onde os chip são registados.... e nada. Todos os dias a caminho do trabalho as procuramos, à vinda fazemos um desvio para as procurar novamente e depois de jantar e de deitar os miudos, lá vou eu novamente para mais uma busca e até hoje nada de nada.... Já não sei o que mais hei-de fazer Voltem para casa meninas, voltem depressa que estamos cheios de saudades vossas!