quinta-feira, novembro 24, 2005

Fizemos

uma caminhada ao glaciar "Hojos de Albino". Vieram buscar-nos ao apartamento ás 7h50m da manha. Penso que começamos a caminhar por volta das 9h.
O início da caminhada deu-se por um grande "Turbal", (nao sei se existe traduçao para português). Um turbal é constituído por varias camadas de árvores em decomposiçao e musgo, misturado com a água que desce das montanhas. Para mim é um pantano, cheio de raizes e lama, só faltaram os corcodilos.

Quando enterras os pés(eu fiquei com eles enterrados até aos joelhos),nao os podes tirar rapidamente com movimentos bruscos, tens de fazer movimentos rotativos e lentos e vais puxando o pé devagar. Imaginem o panico que foi, quando me enterrei pela primeira vez. Depois tornou-se algo constante, pois mesmo no meio do bosque existiam turbais profundos.

Quando saimos do turbal grande, entramos por uma mata fechada, cheia de neve. Durante a noite tinha nevado muito, e naquele momento também estava a nevar, as árvores, estavam carregadas de neve e á medida que passavamos por elas, o tronco cedia com o peso da neve que caia mesmo em cima de nós.

Depois da mata, voltamos a entrar num turbal, até que chegamos á lagoa Esmeralda. Esta lagoa, tem o nome de esmeralda devido á sua cor. Está rodeada de montanhas que se espelham nela. A unica forma de lá chegar é pelo bosque e pelo turbal. Nao existe outra forma.
Aqui, só se ouve o barrulho dos pássaros e da água que desce das montanhas até á lagoa. Muitas destas descidas sao quedas de água.

Nesta altura do percurso eu estava completamente estoirada e só pensava em voltar, mas o Gu estava encantado e nao parava de tirar fotos, o guia só dizia "Ele gosta mesmo muito de fotografia".
Encontramos abrigo, debaixo de uma grande rocha na subida da montanha. Já estavamos a caminhar á 4 horas, sempre debaixo de neve. Eu estava cansada e bastante molhada, quando paramos para comer gelei. Durante o nosso almoço o nevao começou a ser mais intenso, o guia disse que nao podiamos ir ao glaciar porque havia perigo de avalanche, pelo que nao poderiamos subir muito mais.

Decidimos descer. Fizemos o mesmo caminho. Na volta pareceu muito maior que na ida. No fim do dia estavamos partidos, doridos e muito molhados, mas valeu a pena.

O Gu ficou com pena de nao consegui ver o glaciar, mas fica para próxima, porque a este sítio tencionamos voltar.

4 comentários:

Anónimo disse...

O Gu nao ficou com PENA de nao conseguir ver o glaciar, o Gu sentiu uma ENORME FRUSTRAÇAO por nao ver o glaciar e por nao subir mais, até ao cume.
É um desejo que quero realizar e, tal como na Ilha do Pico nos Açores, fiquei-me pelo caminho :(
O grupo era constituído por 7 elementos(6 raparigas e eu) mais o instructor, e quando o vi, pensei, isto nao vai ser fácil chegar ao fim(as mulheres têm menos resistência), mas num grupo e nestas circunstancias tem-se que funcionar como um grupo, e se houver elementos que nao queiram subir mais temos que dar meia-volta e regressar. Enfim, há que respeitar os outros, mas fiz o caminho de volta a olhar para o chao.
Mas o que fiz e o que vi ADOREI!

GU

Anónimo disse...

:)
Deve ser mesmo lindo!! Imagino a Frustração mesmo... de estar tão perto e nao chegar lá....
Mas deixa, pelo que parece pelas descricoes, mesmo só até ai já valei bastante a pena.
Depois temos de ver essas fotos ;)
Beijinhos para os dois!
:*

Anónimo disse...

O Gu está inspirado, aí está está! Agora a culpa é das mulheres..."têm menos resistência"...gostava de vos ver a "parir"!
M. deixa-o tirar muitas muitas fotos para nós vermos e enquanto ele as tira tu podes desfrutar da paisagem e da calma que te rodeia.

Xana disse...

lol

Não me lembro desse glaciar. :)
Mas lembro-me do turbal, no parque, mas sem neve, como se fosse um tapete fofinho e com uma camada de ar por baixo. O máximo!